quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Caminhando sob a Senda Mística


Ao enveredar no caminho obscuro da Senda Mística
olhe-se diante do espelho everás o que te espera –
Conhecer a Ti mesmo.

Conhecer a si mesmo não é se fechar sob a caixa de pandora e exigir que se abra.
Nem acreditar que somente aquilo que vê e sabe é real.
Tente olhar com o olho do outro.

Há coisas que somente podem ser vistas eentendidas pelo ponto de vista do outro.
Somente assim poderá aprender o que ooutro escreveu e ensinou.

E então poderá despertar o seu mestre interior e ver com seus próprios olhos.
Ao adentrar no olho do outro aprenda como se faz,
porque se faz e o que se faz.
E ao retornar a olhar com seus próprios olhos,
respire fundo e faça.

Nenhum conhecimento pode ser declarado conhecimento se não houver ação.
Se criares barreiras entre o seu modo de ver e o dos outros,
viverá fechado e comprimido em si mesmo.
Ao ver com os olhos dos outros,
poderá entendê-los e saber o que realmente estão pensando.
Quando aconselha alguém com o seu ponto de vista na intenção de dizer o que você faria em vez de entender o que ele deve fazer do ponto de vista dele,
comete um sacrilégio contra a vontade humana.

Por isso,
é importante não tentar entender ou julgar os outros pelo seu ponto de vista.
Ninguém tem o direito de viver a vida do outro,
principalmente fazendo-os enxergar apenas a nossa vida como exemplo,
por achar, de forma egoísta, que sabemos exatamente como eles devem viver.
Quando lemos um livro importante ou quando somos guiados por um mestre espiritual conhecemos o que os outros pensam.

Ser guiado não é o mesmo que ser alienado,
alienação e entregar aos outros a sua vontade.
E é por esse motivo que se procura conhecer a si mesmo
e despertar seu mestre interior para poder enxergar com os próprios olhos.

Aquele que caminha sob a Senda Mística pode ser acusado de fugir ao problema no que se refere à verdade,
ainda que não descubra a "verdade em si",
irá descobrir que tudo possui uma questão cultural,
uma falsa consciência e muitas circunstâncias desconhecidas,
relevantes para sua descoberta.

Na realidade,
se acreditarmos já possuirmos a verdade,
perderemos o interesse em descobrir as próprias intuições
que nos conduziriam a uma compreensão aproximada
e não estaríamos prontos para entender os dogmas e os paradigmas que criamos.

Os paradigmas são modelos, diretrizes,
formas de pensamento ou caminhos e teorias que construímos.
Ao romper um paradigma surge um outro, ao quebrar uma regra forma-se outra.
Se disser que não "existe regras e que tudo é feito pela vontade",
acaba formando uma nova regra.

Quando se muda um paradigma promocionado não significa falta de lei ou de ordem.
Tudo tem um significado e uma representação,
mesmo sendo nós os grandes produtores desses paradigmas.

Para isso,
não podemos enxergar apenas pelo meio da causa e efeito ou pela ação e reação.
Em um tudo há um significado ou uma representação.
Há um significado na causa e outro no efeito.
Até mesmo o acaso possui um significado.

Eles podem representar uma manifestação da vontade e da lei.
Ao conceder a experiência mística o único meio adequado de se revelar ao homem sua natureza e sua espiritualidade,
ainda é preciso admitir que o elemento inefável almejado para adentrar na senda do conhecimento espiritual não pode ser possível sem uma mudança de postura,
autoconhecimento,
de conhecimento social e cultural estabelecido pelos conceitos éticos e morais.

O conhecimento cognitivo que se processa no interior do cérebro não é suficiente para embrenhar na Senda Mística.
Este conhecimento lógico não é a única forma de aprendizagem.
É preciso um conhecimento de sensibilidade,
que venha do tato e que não passa apenas pelo cérebro.

É necessário visualizar,
pegar,
sentir,
tatear com as mãos,
abstrair e concretizar conhecimentos para poder imaginar e despertar a Fé em si mesmo.

Nenhum conhecimento está centrado exclusivamente no cérebro,
mas também nos sentidos,
na percepção e na intuição.

As bases fundamentais são:
Conhecer a ti mesmo,
a Fé,
Conhecimento e a Vontade.

Conhecer a ti mesmo é o primeiro desafio para obter consciência de si mesmo e do que é capaz.
Não se pode dizer que conhece tudo o que está ao redor se não conhece a si mesmo.
Somente conhecendo sua divindade e seu demônio saberá o que é capaz de fazer.

O segundo desafio é a Fé em si, revelar sua divindade interior.
A Fé é mais que um requisito é a sublime transparência do Sou.
A manifestação do Sou reflete a força interior e exterior que desnuda o que está dentro de si, a Fé.

O terceiro desafio é o Conhecimento.
Conhecer é aprender,
seguir o coração,
o seu corpo,
sua mente e seu espírito no caminho da espiritualidade e da evoluçãodo ser humano.
O conhecimento está estritamente ligado com todos os sentidos da natureza humana,
e é o que dará o impulso no movimento de suas forças.

O quarto desafio é a Vontade e está intrínseco a todos desafios.
É impossível obter sucesso se não houver vontade.
Não há base única,
nem deve ser visto com pessimismo o fato de não possuir nenhum desses atributos,
porém,
para permanecer na Senda é preciso,
no entanto,
buscar estes desafios tornando-se uma pessoa de ação.

Engana-se aquele que acha que tudo é simples.
Na realidade a simplicidade das coisas está na complexidade do que é.
Somente com predisposição de aprender e humildade poderá,
então,

seguir adiante caminhando pela Senda Mística.


João Coutinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Onde eu não estou
as palavras me acham."
Manoel de Barros

Olá! Fico muito feliz pela sua visita! Responderei ao seu comentário por aqui, portanto volte logo, sim?
Um abraço apertado a todos que por aqui passarem!
Déia
PS: Não esqueça de deixar o link do seu blog no Mural de Devaneios (Mural de Recados) para que eu possa retribuir sua visita.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Real Time Analytics