sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Um mundo num grão de areia"


"A beleza tem um efeito embriagante.
quando a alma é tocada por ela,
a cabeça não faz perguntas.
Tudo é êxtase, encantamento."
Rubem Alves em "Um mundo num grão de areia".

ATÉ O FIM


Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

"Inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim

Em bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim

Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim

Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim

Como já disse um anjo safado
O chato do querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

TODAS AS MULHERES DO MUNDO


O MUNDO É FEITO POR DIVERSOS TIPOS
DE MULHERES...
MULHERES QUE CURAM COM
A FLORÇA DO SEU AMOR...
MULHERES QUE ALIVIAM DORES COM A
SUA COMPAIXÃO...
MULHERES QUE CANTAM
O QUE A GENTE SENTE...
MULHERES QUE ESCREVEM
O QUE A GENTE SENTE...
MULHERES GLAMOUROSAS...
MULHERES MARAVILHOSAS...
MULHERES QUE NOS FAZEM RIR...
MULHERES BATALHADORAS...
MULHERES TALENTOSAS.
O MUNDO TAMBÉM É FEITO POR OUTROS
TIPOS DE MULHERES,
NEM TÃO CONHECIDAS
OU FAMOSAS.
MULHERES QUE DEIXAM PARA TRÁS TUDO O
QUE TÊM, EM BUSCA DE UMA VIDA NOVA...
MULHERES QUE, TODOS OS DIAS, ENCONTRAM-SE
DIANTE DE UM NOVO COMEÇO...
MULHERES QUE SOFREM
DIANTE DAS INJUSTIÇAS...
MULHERES QUE SOFREM DIANTE
DE PERDAS INEXPLICAVEIS...
MÃES AMOROSAS...
MULHERES QUE SE SUBMETEM
A DURAS REGRAS.
MULHERES QUE SE PERGUNTAM
QUAL SERÁ O SEU DESTINO...
MULHERES QUE TÊM ESCRITO
NA FACE, TODOS OS DIAS DE SUA VIDA.
TODAS, MULHERES ESPECIAIS...
TODAS, MULHERES TÃO BONITAS QUANTO
QUALQUER ESTRELA, PORQUE LUTAM TODOS OS DIAS
PARA FAZER DO MUNDO, UM LUGAR MELHOR
PARA SE VIVER.

Conversas




Conversa entre três amigos com mais de 50 anos.
- O que você tá fazendo na vida, Toninho (ex-executivo da Pirelli)?
- Bem... eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estrutura e
organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli, mas vai indo muito bem.
- E você, José (ex-gerente de vendas da Shell)?
- Eu abri um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estou progredindo.
- E você Antônio (ex-alto funcionário do Congresso Nacional)?
- Eu montei um puteiro.
- Um puteiro???
- É, um puteiro!!!
- É claro que não é aquela zona toda que é o Congresso Nacional mas já tá dando lucro!!!

Pessoas



Há pessoas que vêem as coisas como elas são e que perguntam a si mesmas:

''Porquê?''

E há pessoas que sonham as coisas como elas jamais foram e que perguntam a si mesmas:

''Porque não?''

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Porque não vão ajudar crianças com fome?



RESPOSTA À PERGUNTA DE ALGUMAS PESSOAS
por Francisco José Papi
"Por que não vão defender as crianças com fome?"

Questão interessante.
Vamos ver se essa eu consigo responder de modo didático.

1) Quem faz esta pergunta admite que existem dois tipos de pessoas no mundo:
As Pessoas Que Ajudam e as Pessoas Que Não Ajudam.
Além disso, admite também que faz parte das Pessoas Que Não Ajudam, afinal, do contrário, diria "Por que não me ajudam a defender as crianças com fome?", ou "Venham defender comigo as crianças com fome!", ou "Não, obrigada, vou defender as crianças com fome".

Então ela se coloca claramente através de sua escolha de palavras como uma Pessoa Que Não Ajuda.

É curioso a Pessoa Que Não Ajuda,não faz nenhum esforço para ajudar, mas, sim, para tentar dirigir as ações das Pessoas Que Ajudam. É bastante interessante. Se eu fosse até sua casa organizar sua vida financeira sob a alegação de que eu sei muito mais sobre administração familiar eu estaria interferindo, mas ela se sente no direito de interferir nas ações que uma pessoa resolve tomar para aliviar os problemas que ela encontra ao seu redor.
É uma Pessoa Que Não Ajuda, mas ainda assim quer decidir quem merece ajuda das Pessoas Que Ajudam e o nome disso é "prepotência".


2) Pessoas Que Ajudam nunca vão ajudar as "crianças com fome". Nem tampouco os "velhos", os "doentes" ou os"despossuídos". E sabe por que?
Porque "crianças com fome" ou "velhos" ou qualquer outro destes é abstrato demais. Não têm face, não são ninguém. São figuras deretóricas de quem gosta de comentar sobre o estado do mundo atual enquanto beberica seu uísque no conforto de sua casa.

Pessoas Que Ajudam agem em cima do que existe, do que elas podem ver, do que lhes chama atenção naquele momento. Elas não ajudam "os velhos", elas ajudam "os velhos do asilo X com 50,00 reais por mês".
Elas não ajudam "as crianças com fome", elas ajudam "as crianças do orfanato Y com a conta do supermercado".
Elas não ajudam "os doentes", elas ajudam o "Instituto da Doença Z com uma tarde por semana contando histórias aos pacientes".
Pessoas Que Ajudam não ficam esperando esses seres vagos e difusos como as"crianças com fome" baterem na porta da sua casa e perguntar se elas podem lhe ajudar.
Pessoas Que Ajudam vão atrás de questões muito mais pontuais.
Pessoas Que Ajudam cobram das autoridades punição contra quem maltrata uma cadela indefesa sem motivo.
Pessoas Que Ajudam dão auxílio a um pai de família que perdeu o emprego e não tem como sustentar seus filhos por um tempo.
Pessoas Que Ajudam tiram satisfação de quem persegue uma velhinha no meio da rua.
Pessoas Que Ajudam dão aulas de graça para crianças de um bairro pobre.
Pessoas Que Ajudam levantam fundos para que alguém com uma doença rara possa ir se tratar no exterior.
Pessoas Que Ajudam não fogem da raia quando vêem QUALQUER COISA onde elas possam ser úteis. Quem se preocupa com algo tão difuso e sem cara como as "crianças com fome" são as Pessoas Que Não Ajudam.


3) Pessoas Que Ajudam são incrivelmente multitarefa, ao contrário da preocupação que as Pessoas Que Não Ajudam manifestam a seu respeito. (Preocupação até justificada porque, afinal, quem nunca faz nada realmente deve achar que é muito difícil fazer alguma coisa, quanto mais várias).
O fato de uma Pessoa Que Ajuda se preocupar com a punição de quem burlou a lei e torturou inutilmente um animal não significa que ela forçosamente comeu o cérebro de criancinhas no café da manhã. Não existe uma disputa de facções entre Pessoas Que Ajudam, tipo "humanos versus animais".

Geralmente as Pessoas Que Ajudam, até por estarem em menor número, ajudam várias causas ao mesmo tempo. Elas vão onde precisam estar, portanto muitas das Pessoas Que Ajudam que acham importante fazer valer a lei no caso de maus-tratos a um animal são pessoas que ao mesmo tempo doam sangue, fazem trabalho voluntário, levantam fundos, são gentis com os menos privilegiados e batalham por condições melhores de vida para aqueles que não conseguem fazê-lo sozinhos.
Talvez você não saiba porque, afinal, as Pessoas Que Ajudam não saem alardeando por aí quando precisam de assinaturas para dobrar a pena para quem comete atrocidades contra animais, que estão fazendo todas estas outras coisas, quase que diariamente. E acho que é por isso que você pensa que se elas estão lutando por uma causa que você "não curte", elas não estão fazendo outras pequenas ou grandes ações para os diversos outros problemas que elas vêem no mundo. Elas estão, sim. E se fazem ouvir como podem, porque sempre tem uma Pessoa Que Não Ajuda no meio para dar pitaco.

Então, como dizia meu avô, "muito ajuda quem não atrapalha". Porque a gente já tem muito trabalho ajudando pessoas e animais que precisam (algumas até poderiam ser chamadas tecnicamente de "crianças com fome", se assim preferem os que não ajudam).
Extraido de: www.valedosgatos.com

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ferreira Gullar, Poema do livro "Um Gato Chamado Gatinho".


O gato é uma maquininha que a natureza inventou; tem pêlo, bigode, unhas e dentro tem um motor.
Mas um motor diferente desses que tem nos bonecos porque o motor do gato não é um motor elétrico.
É um motor afetivo que bate em seu coração por isso faz ron-ron para mostrar gratidão.
No passado se dizia que esse ron-ron tão doce era causa de alergia pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito, calúnias contra o bichinho: esse ron-ron em seu peito não é doença - é carinho.

Pagodinho é o malandro contra os pilantras



O sucesso de Zeca Pagodinho tem uma importância para além da música. Zeca Pagodinho lembra meu avô. Eu vivi até os 8 anos no Rocha, subúrbio perto do Méier no Rio, ao lado da casa de meu avô, que era um perfeito carioca. Meu avô foi um belo retrato do Brasil dos anos 40/50. Era um malandro carioca - em volta dele, gravitavam o botequim, a gravata com alfinete de pérola o sapato bicolor, o cabelo com Gumex, o chapéu-palheta, o relógio de corrente, seu "Patek Phillipe" tão invejado; em volta dele ressoava a língua carioca mais pura e linda, com velhas gírias ("Essa matula do Flamengo é turuna!..."). Meu avô era orgulhoso de viver nesta cidade baldia e amada, o Rio que soava nas ondas do rádio, o Rio precário e poético, dos esfomeados malandros da Lapa, das mulheres sem malho e de seus sofrimentos românticos, entre varizes e celulite. Antes de morrer, ele me olhou, já meio lélé, e disse a frase mais linda: "É chato morrer, seu Arnaldinho, porque eu nunca mais vou à Avenida Rio Branco."
Por isso, ele me lembra o Zeca Pagodinho - ou melhor, o contrário - mas, tanto ffaz, porque não falo do Zeca por nostalgia não, nem por "amor às raízes" nem por um regressismo babaca a uma "autenticidade brasileira". Não é nada disso. Ele não nos traz nada "de volta". Zeca apenas reafirmou uma música e um comportamento carioca que sempre estiveram aí e que andavam soterrados debaixo dessa montanha de superficialidades que a indústria cultural produz, transformando os sambistas em bandos de neguinhos oportunistas que dançam com sorrisinhos de puxa-sacos na TV, com bundas de mulatas voando pelos palcos. As velhas-guardas eram "guardadas" como tesouro para nostálgicos se deliciarem. Zeca foi lá e tirou a velha-guarda do gueto e provou que a grande música popular continua a ser produzida nas periferias; só não é distribuída. Zeca revitaliza o partido alto, o samba
de terreiro, a ética popular dos subúrbios e revela talentos desconhecidos que não tocavam no rádio. Zeca se vinga e vende milhões de discos. Zeca prova que o popular pode ser profundo, uma luz nova para re-vitalizar o
país.

Zeca está fazendo esse sucesso imenso não apenas pela qualidade de seu trabalho. É também porque ele traz com seu carisma, um comportamento que existe na lembrança, quase no DNA dos brasileiros. Ele traz gestos, olhares, um jeito de cantar com a voz vagamente debochada, entre desconfiada e esperta dos antigos malandros com sua sabedoria inculta de fugir do trabalho, dos "safados" (os negros que se safavam), que tinham a inteligência "crítica" da vagabundagem carioca, recusando a exploração e saindo de banda para o prazer e a "viração".
Depois do período vergonhoso dos pagodes de butique, dos "tchans" na boca-da-garrafa, Zeca Pagodinho nos trouxe o fundo de quintal do subúrbio, o cabrito do seu Benedito, trouxe a cachacinha das mesas de botequim, a cervejinha musical, trouxe o doce machismo de malandros sofrendo por "patroas" e vadias, trouxe a elegância dos homens que sabiam dos perigos da vida, das sacanagens que a policia, políticos e patrões sempre aprontaram para os poetas populares.
Vivemos hoje num tempo em que os pobres são vistos ou como criminosos ou como desgraçados. As elites acham que pobre ou morre na enchente ou mata nas ruas. Zeca coloca no ar a voz pacífica e "desgrilada" dos desvalidos, seu ritmo de viver. Zeca traz um tempo mais calmo, uma fala e um canto mais lentos, cheios de gingas e fintas, zanzando no ritmo de viver suburbanamente, longe da velocidade infernal dos clipes, zips e zaps. Não há pressa, não há sufoco, mesmo dentro do sufoco; há uma satisfação conformada com o dia-a-dia sofrido, mas esperançoso: "é..cumpadi...tá ruim, mas vai melhorar...".
Depois de 68, (politicamente) e depois dos anos 80 (culturalmente), creio que alguma coisa essencial se havia perdido no Brasil. O malandro carioca - e tudo que ele inventou de leveza de preto forro, com o salto bailarino de escapista do "batente" - virou um pivetinho de fincaria. Nos anos 30 e 40, o malandro e sua cultura, principalmente na música popular, encarnavam a inconsciente defesa de um mundo livre, numa linhagem clara desde "o tempo do Rei". Perdeu-se o floreio, a delicadeza de um cotidiano material pobre, mas nítido, precário, mas habitado por personagens dignas e orgulhosas de sua tradição, no meio do banzé das classes urbanas.
Depois, o malando foi substituído pelo pilantra. O simplismo da indústria cultural de massas criou um empobrecimento artístico proposital. O malandro, essa figura meio "malazartes" de nossa história tinha uma linguagem e uma ética. No início dos anos 70, o pilantra triunfa com Simonal, Carlos Imperial, duplas malemolentes como Antonio Carlos e Jocafi, Brazucas etc... Surge o malandro de "mercado", o malandro querendo descolar um lugar na sociedade do "milagre". Os malandros tinham sumido. Zeca re-apresentou-o, hoje, nessa terra de corruptos e picaretas. O pilantra é o malandro oportunista.
Zeca com sua voz, com seu ritmo e tom, com os objetos de seu mundo nos propõe até mesmo uma mensagem política - sem pensar nisso, claro. Ele canta desconfiado dessas modernidades escrotas que nos cercam. Ele recupera o olho-vivo, um olho no gato outro no peixe fritando, ele não se deixa enrolar, deixa a vida lhe levar, não acreditando em mumunhas de "globalização" e coisa e tal, pois sabe que está "assim de gavião" em cima de nós, dentro e fora do Brasil. Zeca nos lembra que temos de viver o mundo de hoje, que temos o direito também de comer caviar, mas sem esquecer que não podemos tirar muita "chinfra", porque passamos séculos "vivendo na vala e pescando muçum"...
Arnaldo Jabor

O Livro dos Gatos



Um gato está sempre de passagem, sobretudo quando se detém, quando se demora sobre as páginas do poema imperfeito, inacabado. Tanto pode ser um gato de Elliot como o gato negro e anónimo de uma solidão fragmentada no trânsito pelos quartos em que a dor se decompõe e a loucura ganha asas assimétricas.

José Jorge Letria, O livro dos Gatos, Universitária Editora, Lisboa, 2001

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão


(Vinícius E Toquinho)
Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão

Ninguém nunca sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Sei lá
Sei não

Do que eu gosto...





É curioso como certas coisas nos tocam fundo n'alma... Tenho o costume de, às vezes, bisbilhotar sites e blogs alheios e "viajar" na intimidade de quem os escreve... E não me digam que não pode ser íntimo algo que é absolutamente exposto porque, não só pode, como é extremamente íntimo... Cada um, quando escreve, ou mesmo quando posta um texto que não é de sua autoria, acaba por desnudar um pedacinho de sua alma... E me deleita perceber a alma desnuda de outrem...
Encontrei em: http://gracanojapao.zip.net/ um texto da autoria de Jefferson H. e Silva, que fez com que lágrimas me viessem aos olhos... Pois bem, Jefferson, faço das suas, as minhas palavras:

"Gosto é de cheiro de mato.

Cheiro das flores na primavera.

Do céu fora da cidade.

Das estrelas, da lua em qualquer de suas fases.

De beber água da bica, encher a boca dágua feito ar.

Ouvir os bichos lá na mata.

A Ciriema, Jacu, João de Barro, os Pássaros-pretos em suas algazarras...

Escutar um bom causo,

desses contados por gente simples que nos deixam fascinados...

Ver bezerro berrando apartado da mãe,

pela manhã quando se abre a porteira sai correndo pra ela

que o lambe de forma singela

ele logo pega o peito sem parar de berrar vai mamando

até toda a boca espumar.

Tomar café em xícara de lata

daquelas esmaltadas e adoçado com rapadura...

Se tiver biscoito de polvilho então...

Andar a cavalo de manhãzinha

sentindo ainda o orvalho da noite,

correndo vendo o sol nascendo como se tentasse ir a seu encontro

e pudesse tocá-lo...

Às veredas os buritis balançando suas folhas imponentes,

uma visão deslumbrante.

Ir sentindo cheiro das frutas,

cheiro de cajú do campo, goiaba...

Chupar fruta no pé

laranja, mexerica, jabuticaba...Hum!

Tomar caldo de cana

de manhã com a cana ainda molhada

gelada do sereno da noite não tem coisa igual.

Passar na venda pouco antes do almoço

amarrar o cavalo em uma boa sombra,

entrar e cumprimentar todos:

dia!(se economiza o bom, é questão de lógica pura

tudo está bom mesmo,não requer afirmação).

Sentar um bucadinho para prosear

também tomar duas ou três daquela com raiz,

diz que abre o apetite é muito bom para o fígado

(coisa do Tonho dono da venda)

o negocio é que da uma tonterinha agradável...!

Chegar em casa

e ainda sentir o cheiro daquele feijão cozinhado,

sentar esperar só um pouquinho nisso olhar o quintal

ver as galinhas, marrecos, perus, gansos

o cachorro fazendo festa...

Ah como é gostoso.

Deitar na rede depois do almoço

ficar ouvindo o barulho da roda dágua

até pegar no sono...

Ver a tarde caindo

os bichos se agasalhando,

as galinhas subindo nas arvores do quintal

o galo tentando ficar no lugar mais alto

(deve ser para ser ouvido melhor de manha).

Uma fogueira à noitinha

com roda de viola é claro,

ouvir modinhas,

cantar desafinado,

rir com os amigos

nunca jogando conversa fora,

tudo penetrando fundo na alma.

Gosto de deitar só quando vem o sono

e ai sonhar tudo de novo..."

No infinito de dentro, a sabedoria do eterno

:: por Wagner Borges ::

Nada sei sobre o que você me pergunta. Não conheço o futuro nem os mistérios universais. Também, pudera: sou apenas um espírito, assim como você mesmo. Quem tem as grandes respostas é o Grande Espírito. Mas duvido que eu ou você possamos entendê-las. Para compreender grandes coisas, só sendo grande também.

No entanto, podemos compreender os pequenos mistérios, aqueles dentro de nós mesmos. E, quem sabe, não encontramos dentro do pequeno a essência do grande?

Deus é esperto. Talvez tenha escondido a grandeza universal dentro da pequena semente. Ou, talvez, dentro de nossos corações! De toda forma, fica esquisito tentar conhecer o infinito de fora sem conhecer a si mesmo. Sim, há também um infinito de dentro, desconhecido e intangível, até o momento.

Muitas vezes, o vácuo consciencial que sentimos é por causa desse desconhecimento sobre nós mesmos. Na verdade, somos muito mais do que aparentamos e muitos menos do que aquilo que supomos ser.

Portanto, diante do infinito, só sei que pouco sei! E mesmo isso é relativo... eu sei!

Você escreveu para o cara errado: não sou guru, mestre ou coisa do gênero.
Não tenho respostas cósmicas para nada! Não dissolvo carma de ninguém (e ainda pago aluguel!). Sou só um espírito, assim como você, tentando crescer e aprender muito nesse mundão de Deus.

Não sou avatar nem salvador, ou mesmo emissário virtuoso da Nova Era. Reencarnei porque precisava, assim como quase toda a humanidade. Isso eu sei: reencarnei na Terra pelo mesmo motivo que o seu e o de quase todos:
Aprender o que der e fazer o melhor possível.

Por isso, penso que você deve escrever para algum grande ser de luz; quem sabe Buda ou Jesus não lhe respondam? Eles conhecem grandes coisas, na prática; são feras no assunto e cheios de paciência e compaixão. E, se eles responderem, por favor, venha me contar e compartilhar tudo. Agora, se eles disserem para você se conhecer por dentro primeiro, também me conte, quem sabe se, no meio da risada sadia e descomprometida em perguntar e responder, não pinta a iluminação real?

De toda forma, enquanto não descobrimos os grandes mistérios, de dentro e de fora, que tal tentarmos ser felizes no aqui e agora da vida? Enquanto o grande não vem, vamos fazer o melhor possível no pequeno mesmo.

Desculpe não responder o que você queria, mas é que não tenho grandes respostas mesmo. Só sei que preciso viver, amar, sorrir, aprender e seguir... e você também!

PS.: O fato de eu escrever sobre temas espirituais não me torna espiritualizado.
Na verdade, sou um cara sortudo, pois pego carona nas vibrações dos amigos espirituais. Além de eles me aturarem, ainda me passam toques conscienciais pertinentes e abrem frestas entre os planos, para que eu possa viajar além e aprender coisas legais. Daí, repasso o que aprendo extrafisicamente nos escritos que veiculo no intrafísico.

Cada texto é como uma semente espiritual plantada nos corações dos leitores.
Se o terreno é fértil, a mesma germinará a sintonia espiritual adequada, e alguma coisa boa brotará.

Logo, não sou guru ou sábio. Estou mais para "espírito-sementeira", tentando fazer o melhor possível: projetar os textos-sementes nos corações dos leitores sensíveis aos valores espirituais sadios!

Aos trancos e barrancos, vou fazendo esse serviço. Não sei dos mistérios universais, mas sei da qualidade espiritual das sementes lançadas por aí...
Como sei, também, que o Grande Arquiteto do Universo é o verdadeiro dono das sementes, dos terrenos, dos amigos espirituais, dos leitores, do escritor e de tudo mais na vida infinita. Só Ele é que sabe o real valor das coisas, de dentro e de fora.


(Resposta a um e-mail recebido).

Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.

Extraído de: http://somostodosum.ig.com.br

Qual é a Deusa que mora em você?

Texto de abertura do livro QUEM AMA, EDUCA! (Içami Tiba)

" FELICIDADE
Os pais podem dar alegria e satisfação para um filho,
mas não há como dar-lhe felicidade.


Os pais podem aliviar sofrimentos, enchendo-o de presentes,
mas não há como comprar-lhe felicidade.


Os pais podem ser muito bem sucedidos e felizes
mas não há como emprestar-lhe felicidade.


Mas os pais podem aos filhos
Dar muito amor, carinho, respeito
Ensinar tolerância, solidariedade e cidadania,
Exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade
Reforçar a ética e a preservação da Terra.


Pois é de tudo isso que se compõe a auto-estima.
É sobre a auto-estima que repousa a alma,
E é nesta paz que reside a felicidade."

A vida é simples


...
A vida é simples e tudo, tudo, tudo mesmo faz sentido. Basta olharmos para ela com os olhos do coração, abrindo-o como se faz com uma janela num dia de sol. A vida se mostra em toda sua força quando amamos. Quando nos amamos, quando damos um afago, um carinho, um abraço, um beijo, um toque suave ou um sorriso espontâneo. Às vezes basta um leve aceno com a cabeça para um aparente desconhecido, ou buscar um pensamento de unidade, de pertencermos, de termos aqui muito amor para doar, agora mesmo, neste instante, onde vc estiver, seja o que for que estiver fazendo. Basta enviar um pensamento de amor verdadeiro para alguém distante, vc sabe que chegará lá. Poderá ser um beijo soprado na palma de sua mão para alguém que precise ou, último, mas não menos importante, levantar a cabeça, olhar pra cima com aquele sentimento bem profundo de agradecimento a quem bolou isso tudo aqui na Terra, mesmo sabendo que na realidade este Ser/Energia cósmica mora bem dentro de nosso peito.
Extraído de:
http://somostodosum.ig.com.br/boletim/sentidovida.asp

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Não tente mudar:


Tente entender isto. Você está tenso, você está infeliz, você está deprimido, com raiva, voraz, violento. Mil doenças estão presentes. Ainda assim, você pode praticar o silêncio. Estas doenças estarão dentro de você e você pode criar uma camada de silêncio. Você pode fazer meditação transcendental; você pode usar um mantra. O mantra não irá mudar sua violência, nem irá mudar sua avareza. Não irá mudar nada profundamente. O mantra pode apenas dar um efeito tranqüilizante. Apenas na periferia, você se sentirá mais silencioso. Isso é apenas um tranqüilizante, um som tranquilizador e a tranqüilização é possível através de muitos meios - muitos meios. Quando você repete um mantra continuamente, você se torna sonolento. Qualquer repetição contínua de um som cria tédio e sono. Você se sente relaxado, mas este relaxamento está apenas na superfície. Dentro, você permanece o mesmo.
Continue praticando um mantra todo dia e você sentirá um certo silêncio - mas não verdadeiramente, porque suas doenças não mudaram, sua estrutura de personalidade permanece a mesma. Ela está apenas disfarçada. Pare com o mantra, pare a prática e todas as suas doenças voltarão novamente.
Isto está acontecendo em todo lugar. Buscadores vão de um professor a outro. Eles prosseguem nisso, praticando, e quando eles param suas práticas, descobrem que são os mesmos; nada aconteceu. Nada acontecerá desta maneira. Estes são silêncios cultivados. Você tem que continuar cultivando-os. Naturalmente, se você continua cultivando-os, eles permanecem com você apenas como um hábito, mas se você quebra o hábito, eles desaparecem. Um silêncio real vem não por se usar uma técnica superficial, mas por você estar consciente de tudo o que você é - não somente estar consciente, mas permanecer com o fato daquilo que você é.
Permaneça com o fato. Isto é muito difícil porque a mente quer mudar. Como mudar a violência, como mudar a depressão, como mudar a infelicidade? A mente procura mudar para criar de certa maneira uma imagem melhor no futuro. Por causa disso, a pessoa continua procurando este e aquele método.
Permaneça com o fato e não tente mudá-lo. Faça isso por um ano. Fixe uma data e diga que: "A partir desta data, por um ano, eu não pensarei em termos de mudança. Eu permanecerei com tudo aquilo que eu sou; eu apenas estarei alerta e consciente". Eu não estou dizendo que você não terá que fazer nada, mas esse estado alerta é o único esforço. Você tem que estar alerta, não pensando em termos de mudança; permanecendo com tudo aquilo que você é - bom, mau, o que quer que seja. Um ano, sem nenhuma atitude de mudança, apenas estando alerta, de repente um dia você descobrirá que você não é mais o mesmo. O estado de alerta terá mudado tudo.

A causa não está fora:


Lembre-se de uma coisa: sempre que você sentir que alguma coisa está errada, primeiro encontre a causa em si mesmo. Não vá para nenhum lugar. Em cem vezes, noventa e nove vezes você encontrará a causa dentro de si mesmo. E se você encontra a causa dentro de você, noventa e nove vezes em cem, a centésima causa irá desaparecer por si mesma.
Você é a causa de tudo o que lhe está acontecendo. Você é a causa e o mundo é apenas um espelho. Mas sempre é um consolo encontrar a causa em algum lugar mais. Então você nunca sentirá culpa, você nunca sentirá autocondenação. Você sempre pode apontar que aqui está a causa e a menos que esta causa mude, "como eu posso mudar?". Você pode escapar com isso; isso é um truque. Assim, sua mente sempre continua projetando as causas em algum outro lugar. A esposa está perturbada por causa do marido; a mãe está perturbada por causa dos filhos; os filhos estão perturbados por causa do pai. Todo mundo está perturbado por causa de alguém mais e todo mundo sempre pensa que a causa existe externamente.
Você está perturbado por causa de alguém mais; essa pessoa está perturbada por causa de você. E você está criando tudo a sua volta, projetando, e então ficando temeroso, ferido e fazendo esforços para se defender. E então existe miséria e frustração e conflito e depressão e luta.
A coisa toda é estúpida e ela permanecerá a menos que você mude sua atitude. E sempre tente primeiro encontrar a causa dentro de você.




O Girassol



O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."


(Fernando Pessoa)

NASCI ANTES DO TEMPO


Tudo que eu criei e defendi
nunca deu certo
nem foi aceito
eu perguntava a mim mesma por que?

Quando menina
ouvia dizer sem entender
quando coisa boa ou ruim
acontecia a alguém
fulana nasceu antes do tempo
Guardei

Tudo que criei imaginei e defendi
nunca foi feito
e eu dizia como ouvia a moda de consolo
nasci antes do tempo

Alguém me retrucou
você nasceria antes do seu tempo?
não entendi e disse amém

Cora Coralina

Pois é...



Dentro dos anos de minha vida, eu, Tenzin Gyatso, o monge buddhista, serei apenas uma lembrança. Na verdade, é pouco provável que qualquer uma das pessoas que estejam agora lendo estas palavras possa estar viva daqui a cem anos. O tempo passa inexoravelmente. Quando cometemos erros não podemos voltar os ponteiros do relógio para tentar outra vez. A única coisa que podemos fazer é usar bem o presente. Então, quando nosso último dia chegar, poderemos olhar para trás e ver que vivemos vidas plenas, produtivas e significativas, o que nos trará algum conforto. Do contrário, a tristeza pode ser muito grande. A escolha entre as duas alternativas cabe somente a nós.

A melhor maneira de ter certeza de que um dia nos aproximaremos da morte sem remorsos é agindo de maneira responsável e manifestando compaixão pelos outros no presente. Na verdade, isso é de nosso próprio interesse e não apenas porque vá nos beneficiar no futuro. Como vimos à compaixão é uma das coisas que mais dão sentido às nossas vidas. É a fonte de toda felicidade e alegria duradouras. É o alicerce de um bom coração, o coração daquele que age motivado pela vontade de ajudar os outros. Por meio da bondade, da afeição, da honestidade, por meio da verdade e da justiça para com todos os outros é que asseguramos nossos próprios benefícios. Esta não é uma questão para ser debatida com teorizações complicadas. É uma questão simples, de bom senso. Não há como negar que a consideração pelos outros é algo valioso. Não há como negar que a nossa felicidade está inextricavelmente entrelaçada à felicidade dos outros. Não há como negar que, se a sociedade sofre, nós também sofremos. Nem há como negar que quanto mais animosidade há em nossos corações, mais infelizes nos tornamos. Por isso, podemos rejeitar tudo o mais: religião, ideologia, toda a sabedoria recebida. Mas não podemos escapar à necessidade de amor e compaixão (...)


A aquisição de objetos materiais não proporciona satisfação duradoura. Não importa quantos amigos conquistemos, não serão eles que de fato vão fazer a nossa felicidade. E entregar-se aos prazeres dos sentidos é apenas um convite a várias formas de sofrimento. É como o mel lambuzado na lâmina de uma espada. Nem por isso devemos desprezar nosso corpo. Pelo contrário, pois não podemos fazer nada por ninguém nem por nós mesmos sem que ele esteja bem. Mas precisamos evitar os extremos que podem nos prejudicar.

Quando nos concentramos no que é mundano, o essencial permanece escondido de nós. É claro que se pudéssemos ser verdadeiramente felizes dessa maneira, este tipo de vida seria inteiramente razoável. Mas não podemos. Na melhor das hipóteses, a vida vai transcorrendo sem grandes aborrecimentos. Mas os problemas chegam, mais cedo ou mais tarde, e nos encontram despreparados. Não sabemos como lidar com eles. E nos desesperamos, e nos lamentamos.

Portanto, uno minhas duas mãos e apelo a você, leitor, para que torne o resto de sua vida tão significativo quanto possível. Faça isso através da prática espiritual, se puder. Como espero ter deixado claro, não há nada de misterioso nisso. Consiste apenas em agir levando os outros em consideração. E se você o fizer com sinceridade e persistência, pouco a pouco, passo a passo, será capaz de reordenar seus hábitos e atitudes e pensar menos em seu pequeno mundo de interesses e mais nos interesses de todas as outras pessoas. E encontrará paz e felicidade para si mesmo.

Viva com a mente no presente, com sabedoria para planejar o futuro e guarde apenas do passado aquilo que te fez crescer, sem saudosismo. Abandone a inveja, o ciúme, controle sua língua, procure não ser uma pessoa irritada, brigona, raivosa, sem controle emocional, desapegue-se do desejo de sobrepujar os outros. Em vez disso, tente fazer bem a eles. Com bondade e gentileza, com coragem e confiando que é assim que terá sucesso de fato, receba-os como um sorriso. Seja franco e honesto. Seja uma pessoa de palavra. Quando promete que vai fazer algo, cumpra realmente o que prometeu fazer. E tente ser imparcial. Trate todos como se fossem amigos muito próximos. Não digo isso como Dalai Lama ou como alguém que tenha poderes ou talentos especiais. Não os tenho. Falo como um ser humano, alguém que, como você, quer ser feliz e não sofrer.

Mas se você por algum motivo não puder ajudar os outros, procure ao menos não lhes fazer nenhum mal. Considere-se um turista. Pense no mundo como é visto do espaço, tão pequeno e insignificante, e ainda assim tão belo. Haveria realmente alguma coisa a ganhar fazendo mal a alguém durante a nossa estada aqui? Não seria preferível e mais razoável divertir-se e aproveitar a ocasião tranqüilamente como se estivesse visitando um lugar diferente? Portanto, se em seu passeio pelo mundo você dispuser de um momento, tente ajudar, mesmo que de forma modesta, aqueles que são oprimidos ou que por alguma razão não podem ou não querem ajudar a si mesmos. Tente não dar as costas àqueles cuja aparência é perturbadora, aos maltrapilhos e enfermos. Procure nunca pensar neles como se fossem inferiores. Se puder, não se considere melhor do que nem mesmo o mendigo mais humilde. Vocês dois terão a mesma aparência depois da morte.

Para encerrar, gostaria de compartilhar com você uma breve oração que serve de grande inspiração para meu propósito de fazer bem aos outros.


Que eu me torne em todos os momentos, agora e sempre,
um protetor para os desprotegidos,
um guia para os que perderam o rumo,
um navio para os que têm oceanos a cruzar,
uma ponte para aos que têm rios a atravessar,
um santuário para os que estão em perigo,
uma lâmpada para os que não tem luz,
um refúgio para os que não tem abrigo
e um servidor para todos os necessitados.


S.S. o Dalai Lama - Uma Ética para o Novo Milênio

Tente Outra Vez


as, Paulo Coelho, M. Motta
Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez
Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou
Tente
Levante tua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar
Há uma voz que canta, há uma voz que dança
Há uma voz que gira bailando no ar
Queira
E basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo
Tente outra vez
Tente
Não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez
(Raul Seixas - Paulo Coelho - M. Motta)

CONSTRUÇÃO

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo

E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico

Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado


Chico Buarque

Morrer lentamente



Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado,não arrisca vestir uma cor nova,não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda

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amor prórpio


Você já notou que as pessoas que se amam são naturalmente atraentes? Elas deixam claro que estão felizes com a vida e para elas as coisas parecem ir e vir sem o menor esforço.
(Louise L. Hay do livro "O Poder Dentro de Você")

Poderes Mentais

Você dispõe de incríveis poderes mentais que, em geral, não usa plenamente. Ao estabelecer sistematicamente metas de vida e fazer planos para alcançá-las, economizará anos de trabalho duro para atingir os mesmos patamares de sucesso. O estabelecimento de metas permite-lhe fazer uso muito maior de seus poderes mentais do que a maioria das outras pessoas.

Sua mente consciente é o "escritório central" de sua vida. Seu papel é lidar com as informações existentes em seu ambiente, identificá-las, analisá-las e compará-las com outras informações; em seguida, decidir que medidas tomar.

Mas é seu subconsciente que detém os maiores poderes para capacitá-lo a realizar muito mais do que jamais conseguiu. Pelo menos 90% de seus poderes mentais encontram-se "sob a superfície". É fundamental que você aprenda a explorar esses poderes para motivar, estimular e impulsionar a si mesmo em direção à concretização de suas metas.


Programe-se com metas

Seu subconsciente funciona melhor quando dispõe de metas claras, tarefas específicas, medidas deliberadas e prazos bem estabelecidos. Quanto mais desses elementos você programar em seu computador subconsciente, melhor será o desempenho deste seu equipamento mental e mais você conquistará em menos tempo.

À medida que você estabelece suas metas e começa a persegui-las, é fundamental que estabeleça uma série de referenciais ou unidades de medida de que fará uso para avaliar seu progresso, dia após dia e hora após hora. Quanto mais claras e específicas forem as medidas que você estabelecer para esta avaliação, maior será a precisão com que atingirá seus alvos dentro do prazo.

Seu subconsciente precisa de um "sistema de pressão", formado por prazos estabelecidos por você mesmo para a realização de tarefas e a consecução de metas. Sem este sistema de pressão, torna-se fácil para você adiar tarefas importantes para muito depois, se é que chega a desempenhá-las.


Três chaves para o desempenho máximo

As três chaves para o desempenho máximo na consecução de suas metas são compromisso, completude e conclusão.

Quando você assume um compromisso sério de alcançar determinada meta, descartando todo tipo de justificativa, é como se pisasse no acelerador de seu subconsciente. Passará a ser mais criativo, determinado e concentrado do que jamais foi. Os grandes homens e as grandes mulheres são aqueles que assumem compromissos claros e inequívocos e se recusam a arredar pé, aconteça o que acontecer.

A completude é o segundo ingrediente do desempenho máximo. Existe uma enorme diferença entre executar 95% e 100% de uma determinada tarefa. É muito comum que as pessoas trabalhem duro até chegar ao nível dos 90% ou dos 95% para, em seguida, relaxar e adiar a conclusão da tarefa. Esta é uma tentação contra a qual você deve lutar. Deve permanentemente se forçar e se disciplinar a resistir a esta tendência natural e a caminhar sem hesitação até a conclusão da tarefa.


A "droga maravilhosa" da natureza

Toda vez que conclui uma tarefa de qualquer tipo, seu cérebro libera uma pequena quantidade de endorfinas. Esta morfina natural proporciona-lhe uma sensação de bem-estar e satisfação. Ela faz com que se sinta feliz e tranqüilo. Estimula sua criatividade e ajuda a desenvolver sua personalidade. É a chamada "droga maravilhosa" da natureza.

Quanto mais importante for a tarefa que concluir, maior será a quantidade de endorfinas liberada por seu cérebro — algo muito parecido com uma recompensa pelo sucesso e pelo trabalho realizado. Com o tempo, é possível que você adquira uma dependência positiva das sensações de bem-estar que recebe desse "afluxo de endorfina".

Mesmo quando conclui uma tarefa pequena, sente-se mais feliz. Quando conclui uma tarefa grande, sente-se mais feliz ainda. À medida que vai dando passos para a consecução de uma tarefa importante, você recebe, a cada etapa alcançada, um afluxo de endorfina. Sente-se constantemente feliz e eufórico quando está trabalhando com afinco para a realização de um trabalho importante.


Crie o sentimento de vitória

Todo mundo quer se sentir vencedor. Mas para se sentir como vencedor é preciso vencer. Você pode sentir o que é ser um vencedor ao executar 100% de uma tarefa. Quando consegue fazê-lo repetidas vezes, acaba adquirindo o hábito de levar até o fim as tarefas que empreende. Quando este hábito de concluir as tarefas se sedimentar, sua vida começará a melhorar de uma maneira que hoje você sequer é capaz de imaginar.

Em psicologia, o contrário também é verdadeiro. As "ações incompletas" são uma das maiores fontes de estresse e angústia. Na realidade, a maior parte da infelicidade que as pessoas sentem deve-se ao fato de que não conseguiram se disciplinar para persistir e levar à conclusão alguma tarefa ou responsabilidade importante.

Texto extraído do livro Metas, de Brian Tracy

Extraído de: http://www.despertardamente.com.br/s/artigos/poderes-mentais-793.html

Máscara


por Pitty


Diga quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em ser, adulto ou criança

O importante é ser você, mesmo que seja estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja estranho seja você, mesmo que seja

Tira a mascara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em se, adulto ou criança

O importante é ser você mesmo que seja estranho
Seja você mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja estranho seja você, mesmo que seja

Meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho não é igual
Ao seu caráter não é igual
Não é igual, não é igual
Não é igual

I had enough of it but I don't care
I had enough of it but I don't care
I had enough of it but I don't care
I had enough of it but I don't care

Diga quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

E o importante é ser você mesmo que seja estranho
Seja você mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja estranho
Seja você mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja estranho.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Morte

Pois é... A morte é uma questão interessante de ser abordada... Nunca pensamos nela, a não ser quando a sentimos tão perto que não temos como ignorar sua presença... Hoje lembrei das pessoas queridas (amigos, parentes, conhecidos) que partiram desta vida e algo em mim entristeceu... Pensei em todas as palavras não ditas, nos sorrisos não distribuídos, nos abraços não dados, nas brincadeiras não feitas... e me dei conta de que nesta vida não terei outra oportunidade de dizer-lhes o quanto eram importantes, o quanto eu os amava ou, simplesmente, o quanto eu apreciava sua companhia...
Por um momento uma sombra quis pairar sobre meu coração, mas a afastei rapidamente, pois pensei em todos os o que eu amo e que ainda estão compartilhando esta existência comigo...pensei em seus olhares, seus sorrisos, seus abraços... e isso inundou meu coração de ternura e amor... e agradeci a Deus (ou seja lá como você defina essa força superior) por ainda ter a chance de dizer-lhes o quanto me importo...
Sei que às vezes pode soar piegas para quem diz, mas quem ouve o quanto é importante e apreciado sempre se sente feliz...
A vida é tão corrida e cheia de afazeres surpresa que vão surgindo ao longo dos dias, que nem sempre nos lembramos de demonstrar nosso amor por alguém... Façamos isso hoje, façamos isso AGORA, pois o tempo não espera por ninguém e não sabemos se teremos oportunidade para isso amanhã...
QUERO DIZER A TODOS AQUELES QUE AMO E QUE, EVENTUALMENTE, ESTIVEREM LENDO ESTA POSTAGEM, QUE SOU MUITO GRATA E FELIZ POR TÊ-LOS COMO COMPANHEIROS DE JORNADA! JAMAIS ESQUEÇAM DISSO...
Déia

Ou isto ou aquilo


Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Dualidades

SOU DUAL: ÁGUA E FOGO, TERRA E CÉU, YIG E YANG. MINHA ESTAÇÃO: OUTONO; MEU TEMPO: AS TARDES FRIAS DE SOL. NADA EM MIM É SIMPLES: TODAS AS COISAS TÊM SEUS DOIS LADOS. TODAS AS VIDAS, SUA SEGUNDA VERSÃO. TODA POSSIBILIDADE, SUA CONTRAMÃO. DESDE SEMPRE ME RECONHEÇO ASSIM: "OU ISSO, OU AQUILO", DE CECÍLIA. AMEI. QUEM SABE EM ALGUM TEMPO, QUEM SABE BEM NO FINAL, EU ACALME E DESCUBRA: NA REALIDADE TUDO É SEMPRE DUAL.
(Regina Garbellini)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Almas perfumadas


"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende a ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia (...)"
Carlos Drummond de Andrade

PALCO DA VIDA


Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!
Fernando Pessoa
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