domingo, 14 de novembro de 2010

Evasivas, definitivamente, não são acidentais...

...
A menina olhou fundo naqueles olhos e, sem uma palavra, muda de paixão, disse-lhe tudo...
Ele, percebendo o sentimento que despertara, armou-se com o verniz de evasivas...
A menina, coração apertado, sabia que o que sentia era loucura...mas sentia mesmo assim...
Ele, sabendo de tudo, fingia que ignorava...
A menina, sem conseguir resistir, queria mais...
Ele, com evasivas, nada deixava entrever...
A menina sentia sua falta e deixava-o saber disso...
Ele fingia não perceber.
A menina, nas entrelinhas, dizia-lhe tudo o que sentia...
Ele preferia nada dizer.
A menina, então, cansou-se de tudo
e, sem nada dizer, afastou-se...
Ele ficou lá, enigmático, tal qual um quadro de da Vinci.
E a vida passou pelos dois...
E os dois, cada qual no seu canto, passaram pela vida...
...

Texto de Andréia Bonho Borba
12/11/2010
  Este texto, de minha autoria, também está puublicado em: http://drepente30.blogspot.com/
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