domingo, 10 de março de 2013

A impermanência da vida...


A vida (felizmente!) é composta de ciclos.

Curiosamente, porém, apesar de sabermos perfeitamente bem disso, estamos sempre tentando (em vão) atingir a suposta permanência.

Desejamos vorazmente que as coisas permaneçam, que os bons momentos permaneçam e - utopia das utopias - que as pessoas permaneçam.

Raras são as pessoas que permanecem.

A maioria segue seu rumo, esbarrando em tantas outras pessoas, desbravando novos caminhos...

O filósofo grego Heráclito, em meados do século V a.C., já dizia que "tudo flui, tudo se transforma continuamente". Não há nada fixo, nada estático. Estamos em constante devir, em constante mutação.

Ora, soltemos, então, as amarras que nos prendem à ilusória sensação de estabilidade e permanência.

Deixemos livres aqueles que, por ventura, tenham cruzado nosso caminho, para que possam partir rumo ao novo, rumo ao desconhecido.

Abracemos, pois, a vida com toda sua inconstância e instabilidade.

Este texto, de minha autoria, foi originalmente publicado no blog "De repente, 30", onde escrevo aos domingos.

terça-feira, 5 de março de 2013

"Houve um tempo em que eu acreditei que ter boa memória era, de fato, uma grande benção.
Mas a vida acabou por me mostrar que para que possamos seguir em frente às vezes é preciso esquecer..."

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Máscara da Alegria

Muita gente se vestindo de alegria
Vai fingindo todo dia
Que a tristeza já passou
(Paulinho da Viola)


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mergulho No Vazio...

A Menina tinha momentos de sentidas ausências.

De profundo vazio.

De incólume tristeza.

Os olhos perdiam-se em um ponto qualquer, entregues a alguma 

misteriosa lembrança.

Ninguém ousaria importuná-la nesse momento.

Nada poderia ser feito por ela.

Seria necessário aguardar que tal momento, de profunda introspecção, se esvaísse.

Até o instante em que um suspiro profundo, saído das entranhas da Menina,

Arrancasse-a das profundezas de sua tristeza.



Este post foi originalmente publicado no blog "De repente, 30...", no qual escrevo aos domingos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Silêncio e Vazio


Existem dias em que a tristeza parece que vai tomar conta de nós...
Hoje, dia 11/02 foi um desses dias. 
Minha mãezinha faleceu e eu estava ao seu lado, segurando sua mão.
(Ela estava hospitalizada desde o dia 31/12. Tinha câncer no cérebro.)
Curiosamente, instantes antes de seu falecimento, eu estava lendo o seguinte poema de Mário Quintana:

Silêncio
"O mundo, às vezes, fica-me tão insignificativo
Como um filme que houvesse perdido de repente o som
Vejo homens, mulheres: peixes abrindo e fechando a boca (num aquário)
Ou multidões: macacos pula-pulando nas arquibancadas dos estádios...
Mas o mais triste é essa tristeza toda colorida dos carnavais
Como a maquilagem das velhas prostitutas fazendo trottoir
Às vezes eu penso que já fui um dia um rei, imóvel no seu palanque,
Obrigado a ficar olhando
Intermináveis desfiles, torneios, procissões, tudo isso...
Oh! Decididamente o meu reino não é deste mundo!
Nem do outro..."

Ao término da leitura, imediatamente me identifiquei com o poema. Em pleno carnaval, com toda a esfuziante alegria colorida, eu estava olhando minha mãe se degenerar em vida... 
Mal eu havia começado a digitar o poema no Facebook, levantei os olhos e percebi que o momento de sua partida estava chegando. 
Imediatamente pulei de onde estava e, juntamente com meu esposo, seguramos sua mão até que partisse.
Foi um dos momentos mais tristes da minha vida...

Nunca um poema conseguiu expressar de maneira tão perfeita meu sentimento.

O silêncio e o vazio tomaram conta de tudo...


Vá em paz mãezinha querida!
Como disse o professor Carlos Araújo, um querido amigo meu, "Nós só morremos quando somos simplesmente esquecidos."
Sendo assim, você viverá eternamente, mãezinha querida! Jamais será esquecida! Te amarei eternamente!


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Para onde vão nossos Animais quando Morrem...

Hoje, dia 08/01/2013, minha gatinha linda Cindy, faleceu. :'(
Foi desesperador. Senti como se uma pequena parte de mim também tivesse ido embora.
E foi então que minha querida amiga Peônia, do blog Epiphaneia, me presenteou com esse texto lindo, que me fez chorar e ficar feliz ao mesmo tempo.
Obrigada Pê!

Abaixo segue o texto lindo que a Pê me mandou e também uma foto da minha princesinha Cindy.

Rainbow Bridge 

- A Ponte do Arco-Íris -


Neste lado do Céu há um lugar chamado Rainbow Bridge.
Quando animais, que foram muito próximos de alguém, morrem, esse animal vai para Rainbow Bridge.
Há campos e colinas para que todos os nossos amigos especiais, possam correr e brincar. Há comida farta, água e sol. Nossos amigos estão aquecidos e confortáveis. Todos os animais que estiveram velhos e doentes, têm sua saúde e vigor restaurados; aqueles que foram machucados ou mutilados, estão inteiros e fortes novamente, exatamente como nos lembramos deles, em nossos sonhos sobre os dias que se foram.

Os animais estão felizes e contentes, exceto por uma pequena coisa. Cada um deles sente saudade de alguém muito especial para eles, que teve que ser deixado para trás. Todos correm e brincam juntos, mas chega o dia em que um deles subitamente pára e olha ao longe. Seus olhos brilhantes estão fixos; seu corpo treme de ansiedade. Subitamente ele começa a correr, se afastando do grupo, voando sobre a grama verde, suas pernas o levam cada vez mais rápido. Você foi reconhecido, e quando você e seu amigo especial finalmente se encontram, vocês se unem num alegre reencontro, nunca se afastarão um do outro de novo. Beijos felizes cobrem sua face; novamente suas mãos acariciam aquela amada cabeça, e você olha de novo dentro daqueles olhos confiantes, há tanto tempo longe de sua vida, mas nunca longe do seu coração.
Então, vocês atravessam a ponte do Arco-íris juntos...

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