terça-feira, 31 de maio de 2011

Quem é a menina?


Há muitas pessoas que perguntam à menina quem, de fato, ela é.
Há muitos que querem saber o que a menina pensa.
E insistem.
E ela então se pergunta até que ponto essas pessoas suportariam conhecer a menina que se esconde por trás da menina . . .

Não há só uma essência na menina.
Ela não é una.
É múltipla, plural.
Ela não carrega consigo uma só verdade, porque acredita que a verdade tem mil facetas distintas.

A menina é alguém que gosta de olhar fundo nos olhos dos outros, que gosta de sorrir rasgado e que sempre ri de si mesma.
A menina é alguém que não finge sentimentos.
Se ela ama, se entrega.
Se despreza, dá as costas.
Ela não finge ser simpática.
Com ela é assim: Se gostou, seja bem-vindo. Se não gostou, vá em paz.
(E talvez, por isso, muitos não saibam como agir ou o que esperar da menina)

Ela é alguém que gosta do risco.
Dos que se arriscam.
Dos que, assim como ela, não tem medo de dar a cara à tapa.
A menina é alguém que gosta, ainda, dos que a desafiam.
Dos que a arrancam do tédio.
Dos que tocam fundo seus sentimentos . . .
Ela é alguém que gosta do tudo ou nada.
Daquilo que é morno, ela quer distância.

A menina é uma pessoa que está realmente feliz com aquilo que tem.
Mas que não se contenta com isso.
Não se acomoda.
Os sonhos da menina estão sempre lá adiante, tocando as estrelas.

A menina é alguém que não se deixa, jamais, paralisar por seus medos e inseguranças.
Ela é alguém que se joga naquilo que acredita.
E a menina é alguém que erra.
Que erra muito.
E que erra feio.
Mas que jamais deixa de tentar por medo de errar.

A menina é alguém que, a despeito de quaisquer reveses, sempre seguirá adiante, pois sabe que tem como nome a própria coragem. . .

Este texto, de minha autoria, está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos. 
Caso deseje copiá-lo, sinta-se à vontade, porém peço a gentileza de que respeite a autoria e cite a fonte.
Grata.
Andréia B. Borba

sábado, 28 de maio de 2011

In Nomine Feminae



Parte I

Nasceu branca, muito branca. Ganhou apelidos: ovelha, algodão, russa, brancazeda. Cresceu como as outras meninas da aldeia. Mocinha, fatos estranhos começaram a acontecer. Não menstruou sangue. Só um líquido branco escorria-lhe pelas pernas. Mas os seios deram de crescer de forma anormal. Ganhou dois novos apelidos: flores-brancas e vaca.



Parte II

Com os seios fartos, veio o leite aos borbotões. Rios de leite. Oceanos. E durante a grande seca, quando tudo se acabou, foi ela quem alimentou o povo da aldeia, com o manjar que possuía em seu peito. Homens, mulheres e crianças. Ganhou outro nome: santa. Tudo serenado, os pastos verdejaram e as videiras se encheram de cachos de uvas. Passou, então, a ser conhecida por um único apelido: puta. 
Laura Esteves

(Texto extraído do Livro da Tribo 2011 - editora da Tribo - páginas 137 e 139)



Sem dúvida um dos textos mais interessantes e ilustrativos que já li...
Bjs a todos!
Déia

quarta-feira, 25 de maio de 2011

 
"De que vale olhar sem ver?"

Johann Wolfgang Von Goethe

terça-feira, 24 de maio de 2011

Da dor e do sofrimento



A menina peregrina constantemente em busca da alegria.
Ela gosta de bom-humor, de brilho no olhar, de sensualidade, de alegria de viver . . .
A raiva, a inveja, a falsidade e a dor de cotovelo lhe inspiram repulsa.
Mas o que a menina detesta mesmo é o sofrimento opcional.
Aquele phátos insano pela própria dor.
Aquela mania doentia de se agarrar desesperadamente à dor na tentativa de prolongá-la ao máximo.
Aquela espécie de orgulho mal disfarçado de quem bate no próprio peito e brada dramaticamente: "Oh! Pobre de mim! Vejam como sofro! " .
A menina sente profundo desprezo por pessoas assim.

É claro que a menina não está sempre alegre.
Tampouco está sempre bem-disposta.
A menina, às vezes, simplesmente não está . . .

Contudo, a menina sabe que existe dor.
Sempre existirá.
E não vê problema algum nisso, pois compreende a dor como parte intrínseca da sensibilidade de estar viva.

E a menina jamais se furta à dor.
Ao contrário.
Se há que doer, então que doa intensamente!
E a menina abre-se tal qual botão em flor para acolher a dor.
E sente.
E chora.
E sangra.

Mas a menina jamais se apega à dor.
Ela permite que a dor se vá antes que se transforme em sofrimento.
E então a menina se renova.
E recomeça.
E caminha.
E corre.
E voa . . .



Este texto, de minha autoria, está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos. 
Caso deseje copiá-lo, sinta-se à vontade, porém peço a gentileza de que respeite a autoria e cite a fonte.
Grata.
Andréia B. Borba

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sabe com quem você está falando???



Há muita gente que precisaria ver esse vídeo umas 5 vezes por dia . . .  
(E olha que o vídeo já é antiguinho . . . )
Bjs a todos! 
Déia



sábado, 21 de maio de 2011

O VIZINHO SEM-NOÇÃO

Tenho um vizinho deveras esquisito.
Ok, eu sei que até aí não há novidade alguma. Todo mundo tem ou já teve vizinhos esquisitos...
Acontece que esse meu vizinho extraopla os limites do humanamente aceitável....

Explico: esse meu vizinho é baixinho, magrinho, tatuado (veja bem, quanto a isso, nada contra, afinal, eu mesma tenho 7 tatuagens), usa cabelo dreadlock, e suponho que deva ter por volta de 30 anos. 
Mas a descrição é apenas para que vocês possam imaginá-lo.
O que o torna, além de esquisito, extremamente detestável, é que ele pensa ser a reencarnação do Bob Marley...

Bem, de fato não sei se ele realmente pensa que é, mas age como se fosse...

Todas as tardes durante a semana (isso mesmo, eu disse TODAS as tardes, durante a semana!!!), a partir das 14hs30min, o sem-noção começa a fazer barulho, acreditando estar tocando algum instrumento...

No verão passado, ele estava tentando aprender a tocar violão...
Um horror! E a vizinhança toda tendo que suportar...
Depois ele passou a batucar... Suponho que fosse em um bongô (para quem não sabe, o bongô é um instrumento com dois pequenos tambores unidos entre si).

Depois do bongô, vários outros instrumentos foram sendo "tocados" por ele. E assim ele segue torturando todo mundo há tempos...

Esses dias, porém, o sem-noção resolveu fazer um arranjo com todos os instrumentos juntos...Horripilante! Simplesmente o caos!
E eu em casa, preparando aulas e tentando redigir minha dissertação de mestrado!
Juro que minha vontade era bater em sua porta e lhe dar uns safanões...

Mas, como sou uma pessoa pacífica, fechei todas as janelas e coloquei Bach para tocar a todo volume para ver se conseguia me concentrar um pouco...

Veja bem, não tenho absolutamente coisa alguma contra reggae.
Até gosto, para falar a verdade.
Entretanto, com esse barulho terrível, esse vizinho sem-noção deve estar fazendo Bob Marley se deprimir lá no além...

E eu, que pensava que o pior que poderia acontecer era mesmo o tal arranjo de instrumentos, me deparo, em plena quinta-feira à tarde, com um som dos infernos: o desgraçado estava tentando cantar!!!
Simplesmente inacreditável!!!
Fiquei estupefata!
Tive a sensação de que estava vivenciando uma daquelas "pegadinhas" de televisão...

Ninguém imagina o "som" que saía daquele indivíduo...
E lá ia ele: "Nooooooooooo, woman no cryyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy"...Pior que miado de gata no cio...

Pensei em procurar um advogado para redigir um contrato que estabeleça que, se esse sem-noção algum dia ficar famoso (coisa que eu duvido!), toda a vizinhança receba uma indenização...

Mas, confesso a vocês que estou com medo do que virá a seguir...

E se esse maluco se cansar do reggae e resolver cantar funk?!?!?

Socorro!

Em todo caso, estou muito feliz por ser fim de semana, que é quando o sem-noção do meu vizinho não faz barulho...

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Uma primeira versão deste texto, de minha autoria, está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos. 
Caso desejo copiá-lo, sinta-se à vontade, porém peço a gentileza de que respeite a autoria e cite a fonte.
Grata.
Andréia B. Borba

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Carta aos Fundamentalistas

Recebi o texto abaixo por e-mail e gostaria de compartilhá-lo com vocês.


E-mail enviado por um estudante de teologia de Boston para Laura Schlessinger, uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show. Recentemente ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na
Internet".

"Cara Dra. Laura,
Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levítico 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate. Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como seguí-las:

a) Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levítico 1:9). O problema
são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

b) Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?

c) Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levítico 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela ? Eu tenho
tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

d) Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?

e) Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo?

f) Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levítico 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?

g) Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

h) A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

i) Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levítico 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano sem usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco)

Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.

Seu discípulo e fã ardoroso."

quarta-feira, 18 de maio de 2011

[...] a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples.


"Tenho aprendido com o tempo que a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples. Que o que amacia a vida, acende o riso, convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com fios de luz no tecido áspero do cotidiano." 
 
 (Ana Jácomo)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Demorei para ficar jovem




A jornalista Tetê Ribeiro, que participa do programa Saia Justa, disse recentemente uma frase espetacular: “Tem gente que demora muito tempo pra ficar jovem.” Se um dia eu escrevesse minha autobiografia, não tenho dúvida de que a colocaria como epígrafe do livro. Eu fui um jovem velho. Exemplar, exemplar demais. Sempre o primeiro da classe, o que sofria quando tirava uma nota inferior a nove. Não lembro de ter faltado a uma aula para ir ao cinema e muito menos de sair com uma turma de amigos para tomar uma bebida, namorar. Meu Deus, como eu me levava a sério quando era adolescente. É claro que o que se vê hoje nas lojas de conveniência dos postos de gasolina não serve como exemplo de transgressão saudável. É bandalheira mesmo. Mas permanecer fechado numa redoma, na época de maior liberdade da nossa vida? Isso acaba nos levando para o divã de algum analista. Ou a algumas frustrações e remorsos.

Acreditem, estou me recuperando. Aprendi, a duras penas, que posso e devo rir de quase tudo o que acontece comigo. Não quero mais o papel do que acerta sempre, do que fica paralisado, sentindo culpa, quando se surpreende fazendo alguma bobagem. Vejo tanta gente por aí batendo a cabeça nas paredes por erros insignificantes, que não precisariam ser contabilizados. Passou. Pronto. É se atribuir muita importância, convenhamos. Tenho tentado transformar cada dia numa festa particular. Gosto de chamar pessoas para perto de mim. Gosto desse contágio que a alegria promove, vinda de nós ou dos outros. Estou cansado dos que costumam dar expediente 24 horas por dia. Que não esquecem nunca de bater o cartão-ponto.

É possível, sim, conquistar a juventude aos 50, 60 anos. É por isso que viver é tão fascinante. Quando conseguimos nos desvincular de certos compromissos emocionais (não éticos) que estão na base da maioria dos sistemas políticos e religiosos, aí passamos a caminhar livremente. A pele pode acusar a passagem dos anos, a despeito de todos os recursos que a medicina coloca a nossa disposição. Mas há algo de bom que persiste: a descoberta de que a expansão da consciência e a busca de novas paixões não dependem de nenhum recurso externo. Só de nós mesmos. E aí a gente passa a exigir cada vez menos a realização das expectativas que colocamos em amigos, colegas, vizinhos, esposas e maridos.

Costumo fazer o seguinte trato comigo: para cada fato ruim que me acontece, tenho o compromisso de ir em busca de algo que me dê prazer. O equilíbrio, o elementar equilíbrio. Isso exige esforço e nem sempre o resultado é o desejado. Mas rompe com a inércia que geralmente sucede as situações frustrantes. Nada de ficar num quarto escuro se lamentando pelo ocorrido. Tendo saúde e uma razoável disposição emocional, para tudo se dá um jeito. Mas não para quem é e sempre será velho. Esses começam a economizar quando ainda são crianças. Vivem contando centavos e vão aplicando, aplicando. Guardam e fazem apostas. Não conseguem aproveitar nem os juros provenientes. Eu fui assim durante muitos anos. Hoje não tenho mais paciência para investir tanto no futuro. Quero sentir na carne o sabor de cada manhã. Só os que carregarem o meu caixão haverão de conhecer a minha imobilidade.

O que eu espero dos anos que virão? Muita arte, comida saudável, amigos, beijar e ser beijado, uma casa confortável, o silêncio de um bosque, encontrar alguém para entrelaçar as mãos, um cálice de vinho, dormir até mais tarde nos finais de semana, beijar e ser beijado, usar roupas claras, rir muito, comprar o mínimo possível, sofrer o mínimo possível, não esconder o que eu sinto, rezar. Ah, e beijar e ser beijado.

Gilmar Marcílio

Extraído DAQUI.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Outro tipo de mulher nua...

Outro tipo de mulher nua . . .

Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, basta uns retoquezinhos, aqui e ali. Nunca vi tanta mulher nua.
Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas.
O que não falta é candidata para tirar a roupa. Dá uma grana boa.
E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?
Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos.
Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade... Emocionalmente.
Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso.
É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.
Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos.
Aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana.
Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em que sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que se esperava com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo.
- pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo.
Mas agora não há mais charme nem suspense, estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência. Escadas servem para descer também.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal, mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior.
Mas é o que devemos continuar fazendo.
Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor.
Martha Medeiros

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Evasivas, definitivamente, não são acidentais...

Amigos queridos,este texto, de minha autoria, também foi postado no blog De repente, 30... no qual escrevo todos os domingos.

Logo após o post, seguem os comentários que um rapaz chamado Marcos fez ao texto.
Decidi anexar os comentários dele pois emocionaram-me demais e me proporcionaram uma espécie de "continuação do post".

Espero que gostem.

Um beijo enorme!  

Déia


EVASIVAS, DEFINITIVAMENTE, NÃO SÃO ACIDENTAIS . . . 

A menina olhou fundo naqueles olhos e, sem uma palavra, muda de paixão, disse-lhe tudo...
Ele, percebendo o sentimento que despertara, armou-se com o verniz de evasivas...
A menina, coração apertado, sabia que o que sentia era loucura...mas sentia mesmo assim...
Ele, sabendo de tudo, fingia que ignorava...
A menina, sem conseguir resistir, queria mais...
Ele, com evasivas, nada deixava entrever...
A menina sentia sua falta e deixava-o saber disso...
Ele fingia não perceber.
A menina, nas entrelinhas, dizia-lhe tudo o que sentia...
Ele preferia nada dizer.
A menina, então, cansou-se de tudo
e, sem nada dizer, afastou-se...
Ele ficou lá, enigmático, tal qual um quadro de da Vinci.
E a vida passou pelos dois...
E os dois, cada qual no seu canto, passaram pela vida...
. . .

Comentário de um rapaz chamado Marcos:
Ele não sabia como agir.
Não queria fazer a menina sofrer.
Naquele momento não podia ser o homem que a menina queria.
Ele também não gosta de evasivas, mas quem iria lhe entender?
Ele erra ao não dizer o que sente e erra também ao dizer.
Não existe amparo na involuntariedade da sedução.
No fundo, ele é um homem perdido.
Na verdade mesmo, ele ainda é um menino.

Resposta ao comentário do rapaz chamado Marcos:
"A menina não desistiu, apenas ficou cansada.
Se ele é um homem perdido, a menina deseja que ele se reencontre.
Se ele, como ela, é ainda um menino, tanto melhor...
Assim (quem sabe?), um dia os dois se reencontrem em um inesperado caminho e escolham lutar contra a aparente facticidade de suas vidas...
Não mais menino, mas homem.
Não mais menina, mas mulher.
A menina, com lágrimas nos olhos, sorri."
"A menina não consegue extirpar de si o que sente...
Enquanto pensa no homem-perdido-ainda-um-menino, lhe vem à mente a letra de uma canção:
'Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder... deixo assim ficar subentendido... como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer...'".

Novo comentário do rapaz chamado Marcos:
 Eu sou um homem-perdido-ainda-menino.
Mesmo diante de 3.600Km de distância, identifiquei-me muito com seu texto, que me pareceu merecer uma voz
de um cara que já passou por "sedutor involuntário" e que queria falar alguma coisa ainda que fosse
algo inconclusivo.
Esse estado de incertezas é complicado. Muitas vezes estou me sentindo
cansado também, mas certamente não desistirei de seguir em frente. O importante é estar atento, ter cuidado consigo e com as pessoas da
nossa vida, prestar atenção no caminho para encontrar o que é fundamental. A inquietação vai
suavizar. Sentir-se inteiro será um estado mais presente. Os momentos
de integração plena consigo mesmo e com sua companhia serão mais
freqüentes. Acredito que estou nesse rumo. Pelo que leio dos seus
textos, você também. Obrigado pelas reflexões que você me possibilitou. Fiquei muito feliz
com sua resposta ao meu comentário.

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Entre quedas e recomeços. . .

A menina traz sempre consigo uma frase que aprendeu tempos atrás e que a si mesma repete todos os dias:

"Não quero passar a vida nas pontas dos pés para chegar sã e salva à morte . . . " .

É que a menina é dessas pessoas que seguem pela vida afora com leveza, descuidadamente, sem levar consigo bagagens excessivas e sem medir os pormenores de cada passo do caminho . . .
Por vezes a menina tropeça e cai.
Por vezes a queda é tão feia que ela se esborracha no chão e sangra.
E de tanto sangrar, ela chora.
E de tanto chorar, ela pensa que está completamente vazia.
. . .
Mas então a menina olha para as belezas do caminho e sorri por entre as lágrimas . . .
E decide levantar.
E levanta, ainda que mancando.
E segue em frente, mesmo com o sangue escorrendo.
E, de peito aberto e sorriso no rosto aprecia a beleza do caminho, a dureza do caminho e aprecia, até mesmo, as dificuldades do caminho.
A menina, então, sabe-se viva e sente-se plena . . .

Este texto, de minha autoria, também está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos. Se desejar copiá-lo, sinta-se à vontade, porém, por gentileza, respeite minha autoria e cite a fonte. Grata. Andréia B. Borba

terça-feira, 10 de maio de 2011

Daquilo que importa . . .


"Reexamine tudo o que te foi ensinado e descarte aquilo que insulta tua alma."
Walt Whitman

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Inteligência é um poderoso afrodisíaco...

Recentemente presenciei um fato, no mínimo, ridículo.
Um aluno meu, de aproximadamente uns 18, 19 anos, na (vã) tentativa de impressionar uma colega que lhe despertava interesse, começou a se "pavonear", alisando o peitoral, mostrando o tríceps, o bíceps e (pasmem!) até mesmo o tal de trapézio...    : - /
Pois bem. . . No momento em que presenciei a cena, eu fiquei dividida entre a indignação, a vontade de rir e a pena...
Por fim optei por escrever esse post na esperança de que, com sorte, ele auxilie alguns  barbados por aí. . .




Infelizmente a maior parte dos homens ainda não percebeu que a beleza, para nós, mulheres, é completamente irrelevante.
A beleza morre nos primeiros 15 minutos.
Após isso, o que fica é o carisma, o brilho no olhar, a gentileza, o sorriso . . .

HOMENS, PELO AMOR DE DEUS, ENTENDAM DE UMA VEZ POR TODAS:

a) que barriga “tanquinho” não segura mulher alguma . . .

b) que, sinceramente, não estamos interessadas no tamanho do seu bíceps, do seu tríceps, do seu peitoral . . .

c) que o seu trapézio pode ser maravilhoso para você, mas para nós, mulheres, não faz a menor diferença . . . (inclusive a maioria de nós sequer sabe onde fica a porcaria do tal trapézio!)

d) que ser gentil, educado e sensível NÃO FARÁ COM QUE PENSEMOS QUE VOCÊS SÃO GAYS . . .

e) que abrir a porta do carro para nós é um ato de cavalheirismo extremamente apreciado e poderoso . . .

f) que detestamos quando vocês ficam falando apenas daquilo que interessa a vocês . . .

g) que, definitivamente, não estamos interessadas em saber como a sua ex era bacana, simpática, querida ou boa de cama . . .

h) que detestamos quando vocês encontram um amigo e o cumprimentam dizendo coisas do tipo: “E aí seu veado?” ou “Como é que vai seu corno?” . . .

i) que DETESTAMOS MAIS AINDA quando, depois de cumprimentar o amigo da maneira citada acima, vocês olham para nós com cara de imbecis e nos dizem algo do tipo “Esse filho da puta é muito gente boa” . . .  (Aaaarrrggghhh!)

j) que adoramos homens com senso de humor, que nos façam rir mas, pelo amor de Deus, tenham noção do ridículo . . .

k) À propósito, JAMAIS contem piadinhas imbecis e fiquem nos olhando às gargalhadas esperando que achemos graça . . .


Vejam, é muito simples, suas chances conosco aumentarão muito se vocês tentarem ser INTERESSANTES...


Acreditem em mim: 

INTELIGÊNCIA É UM PODEROSO AFRODISÍACO!
 

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Uma primeira versão deste texto, de minha autoria, está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos. 

Caso desejo copiá-lo, sinta-se à vontade, porém peço a gentileza de que respeite a autoria e cite a fonte.

Grata.

Andréia B. Borba

domingo, 8 de maio de 2011

Coisas que aprendi com minha mãe


Queridos amigos, para que possamos nos divertir um pouquinho nesse Dia das Mães, segue um e-mail que recebi dia desses e que me fez dar boas e sonoras gargalhadas. 

Afinal, será que tem alguém que nunca ouviu algo parecido de sua mãezinha?


Nossas mães nos ensinaram LÓGICA E HIERARQUIA..
“PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA NESTA MERDA AQUI?”

Nossas mães nos ensinaram sobre GENÉTICA…
“VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI! AQUELE VAGABUNDO!”

Nossas mães nos ensinaram o que é MOTIVAÇÃO…
“CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VOCÊ CHORAR!”

Nossas mães nos ensinaram RELIGIÃO…
“MELHOR VOCÊ COMEÇAR A REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!”

Nossas mães nos ensinaram a VALORIZAR O SORRISO…
“ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS TODOS OS DENTES!”

Nossas mães nos ensinaram a RETIDÃO.
“EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!”

Nossas mães nos ensinaram a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS…
“SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!”

Nossas mães nos ensinaram a CONTRADIÇÃO…
” FECHA A BOCA E COME!”

Nossas mães nos ensinaram sobre ANTECIPAÇÃO…
“ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!”

Nossas mães nos ensinaram sobre PACIÊNCIA…
“CALMA!… QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ…”

Nossas mães nos ensinaram a ENFRENTAR OS DESAFIOS…
“OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!”

Nossas mães nos ensinaram sobre RACIOCÍNIO LÓGICO…
“SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!”

Nossas mães nos ensinaram MEDICINA….
“PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE.”

Nossas mães nos ensinaram sobre o REINO ANIMAL…
“SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!”

Nossas mães nos ensinaram sobre minhas RAÍZES…
“TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?”

Nossas mães nos ensinaram sobre a SABEDORIA DA IDADE…
“QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER.”

Nossas mães nos ensinaram sobre JUSTIÇA…
“UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!”

Nossas mães nos ensinaram o BEIJO DE ESQUIMÓ…
“SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!”

Nossas mães nos ensinaram CONTORCIONISMO.
“OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!”

Nossas mães nos ensinaram DETERMINAÇÃO...
“VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!”

Nossas mães nos ensinaram habilidades como VENTRÍLOCO…
“NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?”

Nossas mães nos ensinaram a SER OBJETIVO…
“EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!”

Nossas mães nos ensinaram a ESCUTAR ……
“SE VOCÊ NÃO BAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!”

Nossas mães nos ensinaram a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
“SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!…”

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA…
“JUNTE AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM! SENÃO EU ARRANCO TEU COURO!”

Nossas mães nos ensinaram os NÚMEROS….
“VOU CONTAR ATÉ DEZ, SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!” 


Recebido por e-mail. Desconheço a autoria. 


Desejo a todas as mães um Feliz Dia das Mães!
E, à minha mãezinha querida, agradeço por tudo o que você é e por tudo o que representa para mim.

Déia

sábado, 7 de maio de 2011

"Aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia." 
Caio F.

 . . .
E quem disse que eu me importo?!?

Cada um oferece aos demais aquilo que possui...




quinta-feira, 5 de maio de 2011

Deficientes?





Se alguém possui algum tipo de deficiência, são as pessoas que não conseguem amar seus irmãos, independente da aparência com a qual se apresentem ou das dificuldades que enfrentem nessa existência...
Bjs a todos!
Déia




























OBS: De acordo com meu querido amigo Jão, do blog Coisas de Jão, a autoria desse texto belíssimo é de Augusto Branco. 
Obrigada Jão, por essa importante informação!
Bjs! Déia
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