sábado, 26 de fevereiro de 2011

Da fragilidade da vida...

Essa semana que passou faleceu um menino muito querido, colega meu do curso de alemão.
Não posso dizer que fôssemos, de fato, amigos. Éramos colegas, apenas.
Contudo, ele era bastante jovem (21 anos, se não me engano), muito gentil, educado, simpático e sua morte me deixou muito abalada.
Parece que ele e mais outros seis amigos passavam a tarde de domingo em um parque ecológico quando foram levados por uma enxurrada.
E esse meu colega, ao tentar salvar a namorada, acabou caindo de uma cascata de 30 metros.
Essa morte dele, além, é claro, de me entristecer, fez com que eu pensasse no quão frágeis nós somos...
A primeira vez que me dei conta realmente da fragilidade de nossas vidas eu tinha 12 anos e estava na 6ª série do Ensino Fundamental quando soube que uma coleguinha minha havia sofrido um acidente de carro. Somente o pai (que dirigia o automóvel) sobreviveu. Minha colega, a mãe, o irmãozinho e um amigo da família faleceram.
Lembro que, apesar de eu ser ainda uma criança, esse fato marcou muito miha vida.
Desde então passei a valorizar mais as pessoas que me cercam, os amigos, os familiares...
Ao longo dos anos muitas pessoas queridas (e bastante jovens) que faziam parte da minha vida foram falecendo, geralmente de maneiras estúpidas.
E cada uma delas levou consigo promessas de uma vida não vivida...
Pensando no quão frágil e efêmera é nossa vida, comecei a me importar menos com o que os outros pensam a meu respeito, com o que falam, com o que poderiam falar...
Passei a me importar mais com aquilo que eu realmente gosto de fazer, com a companhia das pessoas que me são realmente importantes e a deixar de lado coisas pequenas, que não me trazem nada de bom...
Passei a fazer questão de dizer às pessoas o quanto me são queridas e importantes e, nunca, jamais, saio de casa sem dizer aos meus um "eu te amo". Afinal, pode ser a última vez que eu os veja...
Sei que muitos podem estar achando este post extremamente piegas e talvez até uma espécie de auto-ajuda barata.
Por mim tudo bem... honestamente isso não importa, uma vez que minha intenção era tão somente dividir as impressões que me causam essas mortes súbitas de pessoas tão jovens, que teriam uma vida toda para ser vivida.
Aliás, não é curioso que todos saibamos que, a qualquer momento, podemos ser arrancados desta vida aqui na terra e,mesmo assim, continuemos a agir como se fôssemos viver para sempre?
Ando pensando muito numa frase que li em algum lugar e que, talvez, ilustre bem o sentimento que essas mortes inesperadas
 "Não quero passar a vida nas pontas dos pés para chegar sã e salva à morte...".

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